«O Planeta Doente», Guy Debord
A Letra Livre acaba de editar o livro «O Planeta Doente», de Guy Debord.
Nesta obra, juntam-se três textos autónomos do fundador da Internacional Situacionista. Os temas são diversos, mas nem por isso carecem de pertinência ou actualidade – os motins de Watts, texto de 1966; a decomposição dos poderes burocráticos e da sua ideologia, de 1967; e a poluição e sua representação, texto inédito de 1971. «O lema «A revolução ou a morte» já não é a expressão lírica da consciência revoltada, é a última palavra do pensamento científico do nosso século. Isto tanto se aplica aos perigos da espécie como à impossibilidade de adesão, no tocante aos indivíduos. Nesta sociedade em que o suicídio progride como sabemos, os especialistas tiveram de reconhecer, com um certo despeito, que em Maio de 1968 ele diminuíra quase para zero. Essa Primavera alcançou também um belo céu, sem precisamente se ter lançado ao seu assalto, porque alguns carros se incendiaram e a todos os outros faltou gasolina para poluírem. Quando chove, quando sobre Paris pairam falsas nuvens, convém nunca esquecer que isso acontece por culpa do governo. A produção industrial alienada causa o mau tempo. A revolução, o bom.»
«O Planeta Doente» Guy Debord Tradução e notas de Júlio Henriques Grafismo de Rui Silva Letra Livre, 2015 9789898268280 88 páginas PVP: 12 euros
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